27 setembro 2013

O tempo - Mario Quintana

Oi gente! 
Esse poema é bem bacana, muito bom pra refletir.
Espero que gostem :)

"O despertador é um objeto abjeto.
Nele mora o Tempo. O Tempo não pode viver sem
nós, para não parar.
E todas as manhãs nos chama freneticamente como
um velho paralítico a tocar a campainha atroz.
Nós
é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de
rodas.
Nós, os seus escravos.
Só os poetas
os amantes
os bêbados
podem fugir
por instantes
ao Velho...Mas que raiva dá no Velho quando
encontra crianças a brincar de roda
e não há outro jeito senão desviar delas a sua
cadeira de rodas!
Porque elas, simplesmente, o ignoram..."

Não é verdade? Somos escravos do tempo, presos nos compromissos marcados, no trabalho, na meta, sempre correndo, sem olhar pro lado.
Ah quem dera ter a doçura de uma criança para ignorar o tempo e faze-lo desviar de nós.
Encontrei esse poema no livro "Apontamentos de História Sobrenatural" - Mario Quintana, é um livro antigo que foi publicado em 1976, porém veste como uma luva ainda nos dias de hoje.
Se quiser comprar Clique aqui!

Beijos e até a próxima!


 


Um comentário:

  1. O tempo é relativo, depende da percepção íntima de cada um. Um dia pode durar uma eternidade, assim como um ano pode passar voando...

    Mario Quintana deve ter passado um bom tempo filosofando acerca disso para citar a visão dos egípcios de um velho decrépito regendo as ações de cada ser humano.

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